quarta-feira, 31 de março de 2010

Para que aprender de Deus, se não aplicamos?

Refletindo sobre o tema Espiritualidade nos Negócios, me ponho a pensar em como explicar o que seria isso. Como podemos exercer a espiritualidade num espaço tão rude, tão concreto, tão cheio de vícios e meandros que qualquer coisa que esteja fora do jogo de interesses parece tolo e pueril?

Mas, amados, este é um tema atual e extremamente necessário. Já que a educação já não é mais dada pelas famílias, porque as famílias estão acabando. A escola já não é mais educadora, disciplinadora, ela assim como a família parece-me muitas vezes que se restringe a tomar conta das crianças e adolescentes, dar informação, esperar o tempo passar. Esperar que as crianças cresçam e descubram por elas mesmas o que é certo e o que é errado. Não querendo acusar ninguém, porque eu mesma incorro neste erro, temos que considerar também a mídia, especialmente a televisão que disputa o espaço de formação de valores na cabecinha das crianças e adolescentes de uma forma desigual e injusta, com a família e a escola. Desigual e injusta porque a televisão conta com recursos que a família e a escola não têm: a arte do ilusionismo. Além de que o compromisso da televisão com as crianças e adolescentes é a de entretê-los enquanto vende produtos e fatura alto. Acabamos, nesta disputa, nos cansando de tentar influenciar nossos filhos, de passar valores profundos que os levarão ao sucesso pleno em suas vidas. E desistimos. Desistimos porque parece quase impossível vencer o mundo. E, amados, como tem sido difícil criar filhos. Posso dizer com propriedade porque tenho quatro. De diferentes faixas etárias. Mas esta é uma outra discussão, é tema para outro texto. O que quero mostrar aqui é o espaçoa que a empresa ganha e como se transformou em agente transformador e influente no processo de desenvolvimento do ser humano.

Portanto, os jovens quando chegam ao mercado de trabalho estão cheios de valores errados, de vícios, maus hábitos, de falta de referências, falta de obediência, falta de disciplina, desrespeito com as autoridades.

A palavra de Deus aplicada no meio empresarial vai influenciar e ensinar seres humanos a serem melhores.

Portanto, a empresa a qual o jovem deveria servir se torna a que o serve. Na verdade, este é um espaço a mais para aquelas empresas que têm esta visão global, holística. Os dirigentes que vêem na empresa uma instituição que não está isolada e sim integrada a um contexto social, podem aproveitar esta oportunidade para influenciar de forma profunda e positiva seus colaboradores, a sociedade e o mundo. Agregando valor à sua função. E proporcionando um papel mais amplo e prazeroso a esta entidade que vinha cumprindo somente o papel frio de gerar recursos financeiros. Hoje a empresa pode ser muito mais que isso.

Para isso, não temos que copiar os rituais das igrejas. Elas mesmas não têm que colocar seus rituais e doutrinas como um fim. Nada disso nos leva a Deus, nada disso significa algo para Deus. Somente nosso coração e nossas práticas habituais interessam a Deus. Devemos como empresa, representada por seus dirigentes, tratar de praticar princípios bíblicos no meio empresarial. Com resultados garantidos. Basta confiar em Deus.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Criticar não é Corrigir

Para nós, pais, é difícil encontrar um equilíbrio entre a correção e a crítica. Quando falamos aos nossos filhos que eles são desorganizados, por exemplo, estamos criticando. Quando os orientamos quanto à importância de serem organizados e os ensinamos sendo também exemplos, assim como supervisionando sua “desorganização” e estimulando-os quando demonstram boa vontade em estar organizados, estamos corrigindo. Na verdade estamos fazendo mais do que correção, estamos educando.

Criticar tem conotação negativa, destrutiva. Corrigir é positivo, portanto construtivo.

Quando corrigimos estamos dando atenção, monitorando, exercendo autoridade, acompanhando, estimulando. Mesmo que a principio haja reação negativa por parte do filho. No final do processo ele vai entender e nos agradecer.


Quando criticamos nossos filhos, nós os estamos humilhando. Eles se sentem assim. Criticar parte de uma posição de superioridade. Aquele que critica se pressupõe melhor que o criticado. A crítica não tem a intenção de melhorar o outro. Aparentemente quer que ele continue assim. Quando um pai critica seu filho para os outros, isso torna a critica mais perversa ainda.


Na crítica não há diálogo. Na correção sim. Na verdade a crítica fecha qualquer diálogo, pois o criticado só se importará em se defender. Não receberá nenhum ensinamento.


Corrigir cria elos, criticar abre abismos.

Sei que é mais fácil criticar que corrigir, mas as conseqüências são sempre mais positivas quando corrigimos. Mas ponhamos nossas ações em acordo com nossas intenções. Se queremos que nossos filhos sejam melhores que nós mesmos, temos que mudar nossas atitudes quando criticamos em lugar de corrigirmos. Pois do contrário estaremos apertando ovos para obter omelete.

segunda-feira, 22 de março de 2010

O que as editoras evangélicas querem publicar?

Há quatro meses terminei de escrever um livro que muito me fez crescer espiritualmente falando. Deus me curou e me tratou. Venho, desde então,buscando uma editora evangélica para publicá-lo. Mandei meu livro e pedido de avaliação para mais de 70 editoras. Sei, claro, que muitas não publicam obras de autores desconhecidos. Mas, pelo amor de Deus, somente quatro entraram em contato para submeter meu livro à análise. Depois de meses esperando, vem sempre a mesma resposta: “sua obra não está adequada à nossa programação” ou “no momento não estamos publicando livros do estilo do seu”. Creio serem todas do mesmo dono, pois as respostas eram quase iguais. Sempre dizendo que não estavam aplicando juízo à obra e que não desanimasse.

Depois, todas elas me sugeriram que eu publicasse por minha conta. Sem levar o selo delas. Incrível, amados. Fiquei perplexa.


Eu não entendo nada. Bom, concluo que meu livro é uma porcaria. Pior, que o livro que Deus me deu, me tratou, e que foi benção na minha vida, amados, é uma porcaria. Parece para as editoras evangélicas brasileiras que o livro de Deus não está adequado à programação delas. Soa para mim que as editoras evangélicas que existem para propagar a palavra de Deus e para proporcionar cura, transformação, informação de Deus e de seus feitos, estão ocupadas publicando livros de escritores renomados. Como se Deus não pudesse falar comigo. Somente com os Best-sellers. Eles sim têm autoridade e garantia de venda.


Desculpe, mas todo este processo só me faz perguntar a mim mesma: a quem as editoras evangélicas estão servindo? Quem são os Diretores, proprietários delas? Será que são evangélicos? Será que aqueles que lêem as obras de escritores novos e que estão fora da mídia são pessoas ungidas por Deus? Ou, o fato de serem novos e estarem fora da mídia torna a inspiração divina mais fraca, menos inspirada por Deus?


Desculpem, amados, este é um desabafo. Sei que Deus está neste negócio e sei que meu livro será publicado mais cedo ou mais tarde. Mesmo que Deus o tenha que publicar, ou seja, que Ele tenha que enviar os recursos para que isso se realize. Mas esta experiência toda me faz pensar no universo gospel no Brasil. Nas mãos de quem está?

quarta-feira, 10 de março de 2010

O que comemorar no " Dia Internacional da Mulher"

No Dia Internacionla da Mulher achei curioso tanta comemoração encima do evento. Fui cumprimentada logo pela manhã pelo meu próprio marido. Me sensibilizou e com tanto zum-zum-zum, não pude deixar de refletir sobre a condição da mulher hoje, comparada com a do tempo da minha avó e até de antes do tempo dela.

O que comerar no Dia Internacional da Mulher?

A liberdade de expor o corpo para o gozo dos tarados? A liberdade de deixar seu marido e sua casa? O direito de competir com seu marido quem manda mais em casa?
Pensando sobre o tema, eu começo a pensar no que pensariam as milhares de mulheres que enfrentaram situação de risco e que até chegaram a perder suas vidas lutando pela melhoria de vida de nós mulheres de todo o mundo. Lutando por maiores direitos: o direito de votar, o direito de dar opinião, o direito de adquirir bens, o direito de estudar, de cursar uma faculdade, de atuar no mercado de trabalho, de exercer posição de liderança em ambientes totalmente dominados pelos homens. Juízas, delegadas, desportistas, policiais, Presidentes, Pastoras, Ministras, etc. Chegamos longe, amados, muito longe.

Mas, infelizmente para muitas mulheres que hoje disfrutam das regalias da liberdade conquistadas a sangue, estas conquistas não são reconhecidas como privilégios. No Programa "Big Brother Brasil 2010", o apresentador Pedro Bial pergunta às moças por que às mulheres é destinado um dia especial e aos homens não há nenhuma data de destaque.

As moças rapidamente responderam que há um dia para as mulheres porque somos superiores aos homens. Porque somos melhores.

Infame! No mínimo infame. Mas não podemos esperar muito de garotas que balançam o bum-bum de forma tão vulgar em frente à milhões de brasileiros. Que trocam confidências do tipo "já beijei outras mulheres"como se fosse algo normal. Que gritam desesperadas por sexo.

Meu Deus, foi para isso que tanto sangue foi derramado? Que tanta luta foi travada? Para acabarmos como objetos. Objetos de desejo sexual. Vítimas de violência no lar. Sequestradas por seus próprios maridos. Pedimos liberdade há décadas para jogarmos esta mesma liberdade no lixo. Confessemos: muitas de nós não sabemos lidar com esta liberdade. Acabamos escravas da mídia. Dos homens ou gays que comandam a mídia neste país e no mundo. Escravas da beleza, morremos nas mesas de cirurgias debaixo da ditadura da estética. Ditadura esta exercida pelo gosto e prazer do homem. Anorexicas, buliminicas, nossas adolescentes se submetem a cirurgias com seus poucos 14 anos. Loucura. Se as feministas soubessem....se as ativistas, as mulheres que lutaram e se indignaram com a condição de vida das mulheres no passado soubessem o que as nossas mulheres e adolescentes do 2010 andam fazendo com a liberdade...elas talvez pensassem melhor que: em lugar de mudar a condição de vida da mulher, elas devessem ter mudado a mulher primeiro.
Pois, as conquistas feministas parecem não ter chegado à realidade de muitas de nós.