terça-feira, 30 de dezembro de 2008

A LIDERANÇA SUBMISSA

Objetivo deste artigo: comparar a Liderança de Faraó com a de Moisés (submetida a Deus) na saída do Egito.
Cenário: Fuga do Egito pelo povo de Israel liderado por Moisés em direção à Terra Prometida (Canaã).
Situação do povo de Israel: Eram escravos há mais de 400 anos no Egito. Eram em número superior a 2 milhões de almas.
Faraó: agia por vaidade, media força para demonstrar poder, resistia estupidamente somente porque confiava demais em si mesmo e em sua posição de Faraó. Agia pela força. Escravizava em beneficio próprio. Não era inspirado por nada e por ninguém. O faraó da época de Moisés governava após 220 anos de José (filho de Jacó e homem de Deus, governador do Egito eleito pelo Faraó da época e responsável pelo fato do povo de Israel estar no Egito). Não analisava com bom senso a situação. Persistia em errar oferecendo risco a todos, inclusive à sua família (perdeu seu filho primogênito), com base em pensamentos egoístas. Era imediatista. Recusava-se a acreditar no que via. Tomava decisões (de libertar o povo) e depois voltava atrás, não demonstrando firmeza em seus atos, coerência em suas atitudes. Não tinha objetivos nobres em suas atitudes. Era inseguro e vacilante.
Conseqüências das atitudes de Faraó: extermínio do exercito, morte de todos os primogênitos das famílias egípcias, seqüelas das pestes e dos ataques permitidos por Deus ao povo egípcio, morte de todo o gado egípcio e muitos desastres e suas conseqüências.
Moisés: não agia por conta própria. Submetia sua liderança a algo maior que ele, no caso a Deus. Suas atitudes eram certeiras e não vacilantes, Se sentia inseguro às vezes por causa das reações negativas do povo, mas buscava força e explicação em Deus. Por causa do seu relacionamento estreito com Deus, tinha um objetivo maior em suas atitudes, maior que ele, maior que o momento. Tudo colaborava para o sucesso de Moisés. Ele tinha compromisso com algo superior e não agia por sua vontade. Quando tomava uma decisão, não voltava atrás, ia até o fim. Tinha um objetivo e não se desviava dele, apesar dos obstáculos. Confiava em Deus e por isso era calmo, seguro. Sabia que Deus agiria e daria soluções aos problemas. Era instrumento de Deus. Era inspirado por Deus. Não cometia erros. Tinha ampla visão.
Conseqüências das atitudes de Moisés: fuga com sucesso de todo o povo de Israel para o deserto em direção a Canaã. Cumprimento de todo o processo de libertação deste povo escolhido por Deus. Foi líder de mais de 2 milhões de pessoas sem aparentes grandes problemas. Este povo sobreviveu no deserto, alimentados por Deus com o maná. Quando faltou água, Moisés clamou a Deus e apareceu água. Deus os conservou com as mesmas roupas e sapatos por mais de 40 anos. Milagres aconteceram um após o outro. Todos os objetivos foram alcançados com louvor, com excelência. Por causa de Moisés tudo saiu como Deus planejou.
Perguntas para nos fazermos: A que ou a quem estamos submetendo nossa liderança? Que estilo de liderança estamos exercendo em nosso trabalho? Em nossa casa? Estamos agindo de forma vacilante? Ou estamos firmes nos nossos propósitos? Nossa liderança está atrelada a algo maior, nobre? Ou estamos apenas preocupados conosco e com nosso mundinho particular? Estamos obtendo sucesso e progresso de âmbito geral com nossa liderança ou estamos estagnados há anos, cometendo erro atrás de erro? Como pais, como cônjuges, como líderes no trabalho...


De alguma forma em nossas vidas exercemos boa ou má liderança, mas exercemos liderança – como mães ou pais, como chefes de família, somos líderes de nossa própria vida. Como John Maxwell diz, devemos nos esforçar e experimentar situações programadas de liderança para progredirmos nesta habilidade que excede o ambiente de trabalho.

8 comentários:

  1. Olá Adriana,

    Há alguns dou cursos e palestras sobre liderança, e sempre começo com este trecho:

    "Para Robert Wong – consultor considerado pela revista The Economist um dos 200 mais destacados headhunters do mundo - os grandes líderes já nascem líderes. Todas as pessoas têm a semente da liderança, mas em graus diferentes. É como dizer que todas as pessoas possuem duas pernas que usam para se locomoverem. Porém, apenas algumas nasceram para dar chutes a gol como o Pelé, ou dançar como Margot Fountain. Porém, vale ressaltar que é preciso levar em conta as circunstâncias, ou seja, se o Pelé não treinasse ou tivesse nascido na Bósnia ao invés do Brasil, não seria o Pelé."

    Por isto que digo, liderança é inata, porém deve ser treinada e adequada para que possa ser ter utilidade para os fins pelos quais necessitamos.

    Abraço

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  2. Gostei muito deste seu artigo e gostaria de acrescentar que todos nos estamos ficando loucos porque não sabemos realmente em que confiar quando o assunto é liderança. De forma que quase toda a sociedade brasileira não esta apita a escolher quem ira governá-los, pois se no antigo Egito eles podiam mobilizar toda uma sociedade somente com a palavra de Deus, hoje infelizmente não existe mais isso, já que no meu ponto de vista nosso grande líder vai sai de uma favela com uma arma na mão direita e a constituição na mão esquerda.
    obrigado

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  3. Todos nós necessariamente temos de ser líderes, mesmo que seja dentro das quatro paredes de nossa casa em relação a nossos filhos...o que acontece é que as pessoas não percebem isso, e quando percebem se escondem pois diretamente proporcional à liderança está a responsabilidade, coisas das quais muitos fogem em fuga desabalada!

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  4. questiono muito o numero de dois milhoes de almas. os valores dos historiadores em relaçao a populaçao sao fora da realidade. no resto o texto é otimo.

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  5. Obrigada a todos pelos comentários. Realmente o tema é atual e polêmico. Necessário de ser discutido e refletido. Muito tem-se falado e buscado a respeito, pq como a Mika falou somos lideres em outras áreas de nossas vidas além do trabalho e temos que estar preparados para isso. Para não sermos maus líderes naquelas áreas em que não podemos contratar alguém pra ser por nós. Como o Geraldo falou e Jonh Maxwell também fala, temos que desenvolver esta habilidade.
    Raoul legal a citação da arma na mão esquerda e a constituição na direita. Mostra bem nas mãos de quem estamos e a que tipo de liderança nossos líderes nos estão submetendo. Obrigada André pelo elogio. Para isso tb escrevemos. Para sermos úteis e para agradarmos. Quanto aos números é difícil ter certeza...mas sabemos que era muita gente. Fiquei imaginando que minha cidade tem 100 mil habitantes e já é difícil conhecer todo mundo imagine 10-20 vezes isso...como Moisés fazia? Ah...depois vou fazer um texto sobre como ele fez...além de é claro, se submeter a Deus. Porque na verdade só Ele poderia de forma espetacular e mágica realizar isso.

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  6. Muito bom o texto, Adriana. Todos nós acabamos sendo líderes em algum momento, mas as vezes não percebemos ou não queremos assumir esta responsabilidade.
    Abraços

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  7. É isso aí Antonio. Mas o pior é que se não queremos ou não percebemos....deixamos alguém assumir nosso lugar ou lideramos mal determinada área de nossa vida.É importante se informar sobre o assunto como se tivesse a ver com você e não pensar: " Não sou líder e nem quero ser" e deixar rolar...

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  8. Obrigada a todos pelos comments. Preciso disso.

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