sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O casamento acaba?

Dias atrás, dando uma olhada na televisão e acompanhando por um instante uma cena de novela, vejo uma mulher dizer: “Meu casamento acabou!”
Expressão que eu mesma considerava tão normal antes de ver minha vida transformada pelo amor de Deus, infelizmente, vejo esta afirmação não somente em novelas de autores cuja cultura nós sabemos bem qual é, mas também vejo sendo justificativa até mesmo no meio evangélico para divórcios.
São pessoas, sem discernimento espiritual algum, que freqüentam igrejas há mais de duas décadas e que não vêem nesta simples frase a força de destruição do nosso inimigo em nosso meio. Pessoas que permitem que a cultura do mundo invada os conceitos contidos na bíblia e que zombem descaradamente do que Deus nos instrui em suas palavras: “O inimigo vem para matar, roubar e destruir” (João 10: 10).

Fico chocada com isso! De que servem os estudos bíblicos, as pregações, a palavra de Deus, a condução do Espírito Santo em nossas vidas, se não recebemos estas instruções para nossas vidas e entendemos como praticá-las?

Amados, o casamento nunca acaba. Quando o mundo diz que o casamento acaba, ele quer dizer que havia um interesse superficial e momentâneo nesta aliança. Havia um jogo de interesses. Quando o mundo diz que um casamento acabou, está tratando esta instituição sagrada e amada por Deus como uma atividade de troca, onde só me serve se eu estiver recebendo algo em troca. Se estiver me satisfazendo.

Amados, Deus nos chama ao casamento para doarmos, e não para recebermos. Um casamento é feito de tolerâncias, de perdões, de “calar-se”, de doar-se, de altruísmo, de amor, de respeito. O casamento é a grande oportunidade que Deus nos dá de exercermos tudo o que aprendemos em sua palavra e de não darmos lugar à nossa carne.

Quem disse que o casamento acaba? Quem disse que o outro não é tão bom para nós? “Ah, mas o marido dela não presta. Ele a trai.” Meu Deus, que falta de discernimento. Sabemos que o nosso inimigo vem para matar, roubar e destruir. Roubar nosso marido, destruir nosso casamento e matar nossa família. Esta pré-disposição à crítica, amados, serve apenas para nos causar insatisfação. O casamento não é uma fonte de prazer no sentido que o mundo nos induz a pensar que é prazer. O prazer que o casamento nos oferece é o de conquistar algo para nós e para os que amamos. A vitória que o casamento nos dá é a de vencermos a nós mesmos. O casamento é o espaço para que lutemos contra nós mesmos e não contra o nosso cônjuge.

O casamento é feito de percalços. O cônjuge não existe para satisfazer-nos. Um casamento é feito por mais do que um casal. Um casamento é feito também de filhos. Portanto é muito egoísta pensar que “meu casamento não me faz mais feliz, então quero me separar”. Mas também é egoísta ficar parado esperando ser satisfeito pelo outro. Amados, o amor é altruísta, ou seja, se satisfaz com o doar, com o fato de ver o outro bem.

Portanto o que devemos fazer? Aturar um marido infiel, aturar um marido violento, aturar um marido pobre, aturar um marido preguiçoso, aturar um marido distante, aturar um marido frio, machista, aturar um marido ciumento? E quantos mais adjetivos poderiam encontrar para definir os “defeitos” de nossos maridos. E o mesmo vale para o caso dos maridos também: esposas frias, esposas intolerantes, esposas preguiçosas, esposas inseguras, esposas relaxadas, tantos mais adjetivos possamos encontrar.

Amados, precisamos de mais amor nos casamentos. Mais amor na criação dos filhos, mais amor a tudo o que é nosso e de nossa responsabilidade.

Um casamento é um bem precioso que Deus nos dá. Temos que cuidar dele todos os dias para que ele fique melhor a cada ano que passa. Se tratarmos bem ao nosso marido ao invés de ficarmos pensando no que ele tem que nos dar, o que precisamos dele virá com naturalidade. Amados, amor não se exige, se dá.

O casamento é um patrimônio ao qual devemos nos orgulhar de ter após décadas de vida em comum. Não temos que ser iguais e nem fazermos as mesmas coisas. Compartilhar é respeitar o outro com suas preferências e também limitações.

Meu coração não precisa “bater acelerado” cada vez que vejo meu marido. E nem preciso desejar estar horas beijando-o. Por que estas coisas não acontecem não quer dizer que não há mais amor. Já passamos por esta fase. Hoje vemos o que construímos todos os dias. Vejo como crescemos juntos e admiramos o que construímos. Pode ainda não ser o que esperava, mas estamos caminhando. Muito há para ser feito – juntos.

Aguarde o próximo texto e aprenderá o que fazer para obter mais deste bem que Deus nos dá.

2 comentários:

  1. Ocasamento não acaba. O que acaba é aquela paixão que leva um casal a contrair o matrimônio. Acaba a paixão, mas o amor fica. E é mal entendido; ainda mais quando há a influência das falsas ideologias que os meios de comunicações tendem a impor como forma conduta aceitável, para um mundo dito como moderno. Já pude presenciar uma professora de literatura de curso secundário dizer que a instituição do casamento está falida. Disse isto abetamente para os seus jovens alunos. Um absurdo... quem tinha o dever de defender os direitos sagrados da família como célula mater da sociedade, onde firma os alicerces da educação para uma sociedade mais justa com bases sólidas fundadas na religiosidade do cidadão, acaba por descumprir esse dever, achando, certamente, que está atualizada com os padróes de comportamento e moral do mundo atual. Mas, o que podemos verificar atualmente é que o casamento se tornou um "negócio da China". Poucos escapam a essa perpectiva. É o que eu penso... Infelizmente, o nosso mundo anda mesmo virado, precisando de um conserto através das mudanças de comportamento de seus habitantes.
    Um abraço
    João

    ResponderExcluir
  2. Olá Adriana!
    O texto é excelente! vou indicar para os amigos.
    Parabéns pelo Blog, estarei seguindo a partir de agora.
    Deus continue te Abençoando!
    Fort Abraço!!!!!

    ResponderExcluir